O que resta da Pré-História nos dias de hoje

Em todo o Mundo são preservados vestígios da idade mais antiga do nosso planeta, desde instrumentos utilitários a manifestações puramente artísticas.
O que resta da Pré-História nos dias de hoje
  • Do volume “Do Big Bang à primeira palavra escrita” da obra “História Universal da Humanidade”, da Aupper, recolhemos alguns dos vestígios mais impressionantes do Paleolítico que, com os devidos esforços de investigação e cuidados de manutenção, atravessaram o tempo até à atualidade.

     

    Bifaces

    Os bifaces são os vestígios mais antigos das primeiras civilizações, estes instrumentos surgiram há cerca de 500 mil anos, resultado de um processo de evolução dos instrumentos de caça e pesca. Símbolo da complexificação do ser humano, os bifaces mostram o aperfeiçoamento da técnica e a necessidade de planificação por parte dos seus utilizadores.

    Os exemplares mais antigos foram encontrados em África e na Europa e contam com cerca de 500 000 anos de antiguidade.

     

    Grutas de Lascaux

    Aupper | Obra História Universal da Humanidade

    Estas grutas, localizadas na Dordonha, em França, constituem uma das maiores amostras de arte rupestre e paleolítica.

    Tornaram-se um fenómeno de massas, após a sua descoberta, mas a respiração dos milhares de visitantes acabou por danificar visivelmente as pinturas, levando ao encerramento das grutas para um minucioso trabalho de restauro. Após a sua reabertura, é feito um controlo diário no sentido de preservar este tesouro do paleolítico.

     

    Grutas de Altamira

    Conhecidas como a “Capela Sistina da Pré-História”, como referidas na obra da Aupper, as Grutas de Altamira, em Espanha, são cavernas ornamentadas de incríveis pinturas rupestres e assinalam um marco na história da arte.

    Legado importantíssimo para a posteridade e um enorme testemunho de uma época tão longínqua, a representação de cenas de caça e lutas contribui para uma reconstituição mais fiel do quotidiano destas civilizações.

     

    Vénus de Hohle Fels

    Uma das mais apelativas Vénus da Pré-História é a Vénus de Hohle Fels, na Alemanha.

    Recentemente descoberta, em 2008, a pequena escultura encontrava-se partida em seis fragmentos. Depois de unidas as suas peças, uma figura de 6 centímetros, 33 gramas, em marfim de mamute e com cerca de 40 000 anos. Como habitual nestas representações, a figura feminina como símbolo da fertilidade, de ancas largas e seios desenvolvidos.

     

    As gravuras de Foz Côa

    A obra da Aupper não podia deixar de destacar a herança do paleolítico que existe dentro de fronteiras portuguesas e aponta Foz Côa e as suas gravuras como um local de máxima importância cultural e história, merecedor da visita de todos os portugueses.

    Declarada Património da Humanidade pela UNESCO, em 1998, a arte rupestre do Vale do Coa, reúne milhares de desenhos gravados na rocha, em superfícies verticais, que representam diferentes animais, figuras humanas e alguns temas abstractos. Com uma antiguidade entre os 22 000 e os 10 000, a descoberta destas manifestações artísticas só aconteceu no fim da década de 80.

    Até à data, trata-se da maior manifestação de arte rupestre exterior de que se tem conhecimento.

     

    O caminho pela “História Universal da Humanidade” prossegue com a Aupper. Desvendaremos, em próximos artigos, mais tópicos e temas incontornáveis da passagem do Homem pelo Planeta Terra.