E qual a história do São João, no Porto?

A Norte, a festa também é rija! Os arraiais chegam agora ao Porto para encher as ruas de tradição: martelinhos e alhos-porros dão cor e música à cidade.
E qual a história do São João, no Porto?
  • Na Aupper, movem-nos também as tradições e as histórias e, se já recuperámos a origem da festa de Santo António, não podíamos deixar de descobrir mais sobre o São João, o padroeiro da cidade do Porto.

    Oficialmente, as festividades católicas de 24 de junho celebram o nascimento de São João Baptista, mas sabe-se que estas celebrações remontam a festas pagãs, onde o povo celebrava o solstício de verão e a fertilidade e a abundância das colheitas.

    Fernão Lopes, o primeiro cronista da História portuguesa, relata uma visita ao Porto, no século XIV, e descreve uma grande festa vivida pelas gentes da cidade.

    Natural do Porto e nascido no século IX, São João viveu a sua vida eremítica na região de Tuy, em frente a Valença, onde foi sepultado. No séc. XVII ainda aí se conservavam as suas relíquias, de grande veneração entre os fiéis que acreditavam que S. João os salvaria das febres.

    Conta a tradição que a cabeça de S. João do Porto terá sido trazida pela Rainha Dona Mafalda no século XII para a Igreja de São Salvador da Gandra e que parte dessa relíquia teria sido transportada posteriormente para a capela da “Santa Cabeça” da Igreja de N ª Sra. da Consolação, na Cidade do Porto.

    Numa festa cheia de tradições, destacam-se os martelinhos e alhos porros para bater na cabeça de quem passa, saltos à fogueira, manjericos e suas quadras e ainda o lançamento de balões de ar quente.

    Até às altas horas da madrugada, e até manhã adentro, os foliões enchem as ruas da cidade de música e cor numa festa que atrai gente de todo o país e além fronteiras.

     

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