O Santo António, padroeiro de Lisboa, é há muito tempo celebrado pela cidade com música, dança e festas que duram até de madrugada. Mas qual será a origem desta festa popular? A Aupper conta-lhe um pouco mais sobre as Festas de Lisboa e sobre o santo padroeiro que celebram.
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Historiadores e curiosos apontam as celebrações do Solstício de Verão e do fim das colheitas como os rituais pagãos e de festa que deram origem às festas populares que, até à atualidade, se celebram na cidade – e no resto do país.
Em Lisboa, estas festas acabaram por coincidir com a celebração do dia da morte do Santo António, a 13 de junho de 1231.
António, ou Fernando de Bulhões, nasceu no coração de Lisboa, junto à Sé, corria o ano de 1191. Aos 18 anos, ingressa como noviço na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Muda-se para Coimbra, abandona a regra de Santo Agostinho e ingressa na Ordem de São Francisco onde adota o nome António, o eremita que dá o nome ao Convento.
Parte para Marrocos onde prega as escrituras e, na viagem de regresso, é desviado por uma tempestade para Itália. É em Pádua que passa os últimos anos da sua vida, onde acaba por morrer.
A popularidade do Santo António, em Portugal, só acontece depois da sua morte e é apenas no reinado de D. João I que se consolida a sua celebração – em 1428, o infante D. Pedro, filho do rei, traz de Pádua uma parte do crânio de Santo António, daí para a frente tratado como relíquia.
Ao longo dos séculos, os milagres do Santo António foram sendo moldados em função das preocupações e anseios dos seus devotos que lhe vão atribuindo responsabilidades e missões: proteção de noivos e namorados, a salvação das almas no purgatório e uma ajudinha na busca de objetos perdidos são, habitualmente, as razões das “rezas” ao Santo António.
Atualmente, as Festas de Lisboa em honra deste santo padroeiro incluem arraiais, sardinhas assadas, sangria, as famosas Marchas Populares e os curiosos Casamentos de Santo António celebrados muito perto do seu lugar de nascimento.
Pelo sim, pelo não, mais vale deixar uma moedinha junto à estátua que o celebra e comprar um manjerico. Podem não acontecer milagres, mas a diversão é garantida.