E o que mais poderá ser ilustrativo de evolução e mudança do que a forma que uma civilização encontra para garantir o seu alimento e subsistência? É das primeiras agriculturas que falamos a seguir.
Há 9500 anos aconteceu aquela que se poderá chamar de primeira revolução do Neolítico, a revolução agrícola: é nesta época que, finalmente, se percebe o potencial da semente, até então ignorada. E é neste momento, quando podem garantir a produção do próprio alimento, que as comunidades transitam de comunidades nómadas e recoletoras para comunidades sedentárias e produtoras.
A civilização egípcia, também pela situação geográfica e fertilidade que as margens do Nilo garantiam, foi uma das mais bem-sucedidas no aproveitamento agrícola e no desenvolvimento da agricultura: cultivavam cevada e trigo e criavam porcos, cabras e ovelhas.
Vestígios de ossos de animais, grãos carbonizados e peças de cerâmica comprovam os primeiros assentamentos egipcíos muito tempo antes das dinastias reais dos faraós.
Também na Península Ibérica, ainda que com alguma distância temporal, se regista esta evolução: as populações ibéricas começam a implementar hábitos de cultura e criação de gado.
A agricultura da Península importa a variante silvestre do trigo e da cevada e, com esta nova atividade, faz desenvolver a criação de ferramentas como a enxada, a foice e os moinhos de mão.
Relativamente à criação de gado, são importadas a cabra e a ovelha, embora o consumo de porco e de vaca também estivesse presente.
No início, a criação de gado impôs-se à atividade agrícola, ainda que atividades de caça e recolha continuassem a ser praticadas.
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